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EUA e China firmam acordo comercial após negociações em Genebra, na Suíça

Casa Branca anuncia avanço após dois dias de reuniões; Trump foi informado e sessão detalhada ocorrerá na próxima segunda-feira (12)
EUA e China firmam acordo comercial após negociações em Genebra, na SuíçaGettyimages.ru / Wang Gang

Os Estados Unidos anunciaram neste domingo (11) que alcançaram um acordo comercial com a China após dois dias de negociações realizadas na cidade de Genebra, na Suíça.

"Amanhã daremos mais detalhes, mas posso assegurar que as conversas foram produtivas", afirmou o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.

Segundo Bessent, o avanço foi considerado substancial nas tratativas entre as duas maiores economias do mundo.

O representante destacou que tanto ele quanto o chefe da delegação comercial dos EUA, Jamieson Greer, mantiveram contato direto com o presidente Donald Trump, que foi "totalmente informado sobre o que está acontecendo".

"Portanto, haverá um anúncio completo amanhã de manhã", anunciou o secretário.

Greer também comentou sobre o andamento dos encontros: "É importante entender a rapidez com que conseguimos chegar a um acordo, o que reflete que talvez as diferenças não fossem tão grandes quanto pensávamos. Dito isso, muito trabalho de base foi feito durante esses dois dias".

As reuniões começaram no sábado (10) em meio à intensificação da guerra comercial entre Washington e Pequim. O encontro foi liderado pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng.

Greer ainda contextualizou a motivação dos EUA nas negociações: "Lembre-se do motivo de estarmos aqui em primeiro lugar: os Estados Unidos têm um enorme déficit comercial de US$ 1,2 trilhão, razão pela qual o presidente declarou emergência nacional e impôs tarifas, e estamos confiantes de que o acordo firmado com nossos parceiros chineses nos ajudará a trabalhar para resolver essa emergência nacional".

Na véspera do início das conversas, o presidente Donald Trump indicou abertura para rever tarifas aplicadas aos produtos chineses.

"Uma tarifa de 80% sobre a China parece correta! Depende de Scott B", escreveu o presidente nas redes sociais, mencionando o secretário Bessent.

De acordo com o jornal New York Post, citando fontes próximas ao governo, os EUA avaliam a possibilidade de reduzir as tarifas sobre produtos chineses para uma faixa entre 50% e 54%.

Em abril, Trump anunciou tarifas elevadas contra diversos parceiros comerciais, mas acabou suspendendo ou reduzindo as medidas para a maioria dos países, exceto a China.

Washington impôs alíquotas que chegaram a 145% para produtos chineses, enquanto Pequim respondeu com tarifas de até 125% sobre itens norte-americanos.

Posteriormente, Trump declarou que considerava reduzir essas taxas, embora tenha descartado eliminá-las totalmente.

Os detalhes específicos do acordo firmado em Genebra serão divulgados nesta segunda-feira (12), em sessão prevista pela Casa Branca.

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