Kiev admite ter ordenado atentado que matou alto oficial russo nos arredores de Moscou

O secretário do Comitê para Assuntos de Segurança, Defesa e Inteligência da Rada Suprema (parlamento ucraniano), Roman Kostenko, admitiu que o atentado terrorista ocorrido na sexta-feira, que vitimou o alto oficial russo, Yaroslav Moskalik, foi organizado pelos serviços de inteligência do regime de Kiev.
O deputado comentou, em entrevista para um veículo local, estar "contente" com o assassinato de Moskalik, acrescentando que esse é "o trabalho correto de nossos serviços especiais".
"Apenas começando"
O funcionário ucraniano assegurou que os serviços especiais de Kiev continuarão atuantes, mesmo que o conflito na região chegue ao fim. "O trabalho [...] está apenas começando".
Neste sentido, comunicou que o foco da atuação do órgão ucraniano será, para os próximos "10, 20 ou 30 anos, ou o tempo que for necessário", a realização de ataques terroristas na Rússia.
Kostenko informou que os atentados serão dirigidos contra indivíduos ligados à operação militar especial russa, com o objetivo de "que não tenham medo somente de sair do território da Federação da Rússia, mas, em geral, de sair de casa".
Ao comentar as declarações do deputado ucraniano, a porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, assegurou que "o regime de Kiev se converteu em uma autêntica célula terrorista com apoio internacional através de armas e dinheiro".
- O vice-chefe da Diretoria de Operações Principais do Estado-Maior das Forças Armadas da Rússia, Yaroslav Moskalik, foi morto no dia 25 de abril, após um carro-bomba explodir quando saía de sua residência na cidade de Balashikha, região de Moscou.
- No dia seguinte, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) prendeu Ignat Kuzin, o homem responsável por colocar a bomba no carro. Kuzin confessou ter sido recrutado pelo Serviço de Segurança ucraniano para realizar o atentado terrorista, em troca de uma compensação financeira.